sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

"Al-Khol"

Na língua árabe, o fonema "al" tem a função do artigo na língua portuguesa. Muitas palavras do nosso cotidiano começam com ele e, muito provavelmente, a maior parte delas tem origem árabe. Como por exemplo a palavra aponta acima, al-khol, que é a nossa conhecida palavra álcool.

O termo "khol", inicialmente referia-se a um pó muito fino obtido por sublimação, e que era usado pelas mulheres para escurer as pálpebras. Com o passar do tempo, foi adquirindo o sentido de "essência de algo", devido exatamente ao fato de estar envolvido um processo onde, depois que a parte líquida se evaporava, ficava um resíduo sólido, a "verdadeira substância".

Com o passar do tempo, a palavra começou a ser aplicada às pessoas que abusavam das bebidas fermentadas, pois cria-se que elas ficavam possuídas por um "espírito" presente na bebida.

Finalmente, a palavra "al-khol" passou a ser uma das designações das bebidas destiladas.

Interessante notar como a origem de uma palavra revela profundas conexões espirituais: o álcool é, por um lado, uma de ínumeras categorias de substâncias químicas, com propriedades e aplicações específicas. Mas ao mesmo tempo, a história de sua origem revela que, mesmo inconscientemente, os homens do passado entendiam que as bebidas fortes colocavam o homem sob o domínio de um espírito mau: al-khol.

E isto está em plena harmonia com a Bíblia que nos recomenda "não vos embriagueis com vinho, no qual há contenda, mas enchei-vos do Espírito..." (Ef.5:18). É um conflito espiritual na realidade. Vamos sempre estar nos sujeitando a um deles. Nossa atitude é que definirá qual: o vinho nos aproximará dos espíritos de discórdia, mas a busca por Deus, nos fará ser cheios do próprio Espírito de Deus.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Como compor uma música "gospel".



1.USE EXPRESSÕES CHOROSAS: sabe aquele tipo de musica que a pessoa diz “de ti dependo”, “sou todo teu”, “tu és minha vida”? Pois bem. Coloque na sua música. Isso causa um efeito e tanto!
2.USE PALAVRAS EM HEBRAICO: “shekinah”, “yeshua”, “Icabode”, entre outras. Isso tá em alta. Todo mundo gosta e até se arrepia!
3.MINTA PARA DEUS: Coisas do tipo “deixo tudo de lado para te seguir”, “vim aqui só pra te ouvir”, “nada mais me importa que não seja o teu querer”... Isso então nem se fala, todo mundo ama essas mentiras!
4.CITE TEXTOS FORA DO CONTEXTO: tipo “me dê filhos senão morro”, “nos seus olhos há fogo”, “eu sou do meu amado”, “toque na ponta do altar”... Use e abuse disso, ninguém lê a bíblia mesmo.
5.NÃO SE ESQUEÇA QUE ESTAMOS EM PERÍODO DE ESTIAGEM: Palavras como chuva, Faz chover, chovendo estão na moda hoje e "enriquece" o vocabulário. (Para agradar a um público maior não se esqueça de falar também do fogo! A cada três músicas de água invente sempre uma com fogo! Deve ser por isso que o tal avivamento nunca chega: a chuva apaga o fogo!).
6.SUPERPODERES: Pegue uma passagem única da Bíblia como, por exemplo, a abertura do Mar Vermelho ou então quando Jesus andou sobre as águas e diga que aquilo vai acontecer de novo, como se Deus ficasse repetindo milagres conforme a humanidade ordenasse! Diga que o fogo não queima, a água não afoga, as quedas não quebram... a graça de Deus é multiforme, mas o povo
não está nem aí para saber o que é isso: prefere acreditar em qualquer mentira mesmo!




Estou compartilhando pois achei a ironia muito pertinente para os dias presentes, além de ser muito divertida.


domingo, 15 de fevereiro de 2009

ADÃO X CRISTO: os dois únicos paradigmas para o Homem.

ADÃO: Feito pelas mãos de Deus (Gn.2:7)
CRISTO: Nascido de mulher (Lc.2:1-7;Gl.4:4)

ADÃO: Viveu cercado pelas delícias do Éden (Gn.2:8-9)
CRISTO: Viveu rodeado de fraquezas (Jo.7:7; Hb.4:5, 5:1-2)

ADÃO: Teve uma companheira dada por Deus (Gn.2:21-22)
CRISTO: Viveu só, totalmente consagrado ao Pai (Mc.1:35; Jo.4:34, 8:9)

ADÃO: Foi constituido "Cabeça da Criação" (Gn.1:28)
CRISTO: Assumiu a condição de servo humilde (Fp.2:5-8)

ADÃO: Em meio à fartura, não resistiu à tentação (Gn.3:6)
CRISTO: No deserto, após 40 dias de jejum, venceu o tentador (Mt.4:1-11)

ADÃO: Teve a oportunidade de comer da árvore da vida (Gn.2:16)
CRISTO: Pela vontade do Pai, morreu pregado a uma árvore morta (Lc.23:33,46)

ADÃO: Com seu pecado, contaminou toda sua descendência (Gn.4:1-7, Rm.5:12)
CRISTO: Pela obediência abençoou eternamente sua descendência (Hb.5:7-10)

ADÃO: Não zelou do jardim pelo qual era responsável (Gn.2:15 comp. Gn.3:1)
CRISTO: Cuidou amorosamento daqueles que o Pai lhe deu ( Jo.17:12)

ADÃO: Foi expulso do jardim e não pôde mais voltar (Gn.3:23)
CRISTO: Voluntariamente deixou o céu para fazer a vontade do Pai
(Jo.3:13, 7:33)

ADÃO: Não assumiu a culpa que era sua (Gn.3:10-12)
CRISTO: Na cruz, assumiu o pecado de todos nós (Is.53:5; I Co.15:3)

ADÃO: Foi vencido por Satanás, tornando-se servo dele (Gn.3:6; Rm.6:16)
CRISTO: Na cruz, venceu Satanás, pondo-o debaixo de seus pés (Cl.2:14-15; Hb.2:14)

ADÃO: Perdeu a glória de Deus e foi consumido pela morte (Gn.3:7, 5:1-5)
CRISTO: Venceu a morte, foi glorificado e agora tem um corpo incorruptível
(Ap.1:18; Lc.24:36; Jo.20:19; I Co.15:20-22).

Por que Adão e Cristo são os dois únicos paradígmas? Porque, espiritualmente, essas são as unicas posições que se pode ter diante de Deus: ou se está em Adão, participando de toda a corrupção, rebeldia e morte que ele mesmo experimentou, ou se está em Cristo, desfrutando da nova vida que Ele conquistou para qualquer que confiar nEle.

Não existe uma terceira via! Paulo, escrevendo para os coríntios, na primeira carta, capítulo quinze, nos ensina acerca do primeiro e do segundo Adão. Cada qual deixou sua própria marca na História: a humanidade caída é fruto do primeiro; a igreja vencedora vem do segundo.

Assim, a comparação apresentada acima, tem por finalidade dar uma idéia do que cada um dos dois personagens viveu e praticou e, deste modo, nos prover de dados essenciais para uma tomada clara de posição. Aliás, o não se posicionar, já é um posicionamento.

Qual dos dois paradígmas vamos adotar para nossa própria existência?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

A aposta de Pascal ao contrário

"Provavelmente Deus não existe. Então pare de se preocupar e aproveite a vida."
Com este "brilhante" raciocínio, a Fundação Humanista Britânica deseja incentivar os ateus enrustidos a "sairem do armário" e a manifestarem livre e publicamente suas convicções (ou a falta delas). O curioso é que o mote da campanha usa um recurso que foi tornado famoso por um grande filósofo teista do sec.XVII, Blaise Pascal, que em sua reflexões acerca de Deus, propôs um raciocínio que ficou conhecido como "aposta de Pascal", e que em linha gerais diz:

Se você crê em Deus e nas Escrituras e estiver certo, será beneficiado com a ida ao paraíso.
Se você crê em Deus e nas Escrituras e estiver errado, não terá perdido nada.
Se você não crê em Deus e nas Escrituras e estiver certo, não terá perdido nada.
Se você não crê em Deus e nas Escrituras e estiver errado, você irá para o fogo eterno.


Como qualquer jogador deve saber, quando mais alta a aposta, maior o ganho ou a perda. Os ateus ingleses estão apostando que, aqueles que crêm em Deus, estão perdendo a chance de viverem plenamente. A solução então é assumir que "provavelmente Deus não existe". É de se admirar que os promotores desta campanha resistiram a tentação de fazerem a frase "Com certeza Deus não existe...(etc, etc). Ao invéz colocaram tudo na esfera de uma possibilidade, talvez por acharem que uma abordagem menos radical seria mais aceita pelo público em geral.

E, além da questão envolvendo a aposta, há a segunda parte da proposta, a de que temos que descartar qualquer fé religiosa para vivermos plenamente. Nisto, os ateus ingleses demonstram ser bastante cínicos, ou pelo menos muito mal informados, já que várias pesquisas recentes indicam que as pessoas que mantêm algum tipo de espiritualidade, desfrutam de uma qualidade de vida acima da média. O oposto é que parecer ser verdadeiro: o crescimento do secularismo e a retração da religião, principalmente em centros urbanos, é que tem produzido uma sensível degradação da sociedade.

Em suma: esta campanha é pretenciosa, já que identificar-se como ateu há muito não é escândalo; é anti-científica, já que os ateus não apresentam nenhuma evidência em prol de sua proposta de vida; é perversa, já que coloca o destino das pessoas na dependência de uma probabilidade e, finalmente, é hipócrita, pois querem que as pessoas optem pela fé, já que não têm certeza alguma para oferecer.

Blaise Pascal pelo menos teve a honra de fazer a aposta certa.