terça-feira, 30 de junho de 2009

Casal De Homossexuais Mata Criança De 1 Ano Com Coquetel De Veneno E Remédios

O casal de homossexuais Julio Cesar Santana, 27 anos, e Márcio Antônio de Rezende, 29, tentou se suicidar e matar uma criança de 1 ano com um coquetel de drogas e veneno de rato na noite de domingo (28) em Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba. Santana e Rezende sobreviveram. Andrius Cesar Ordenoski, de 1 ano e 9 meses, morreu.

Santana é pai de Andrius. A criança passava parte do tempo com a mãe e parte com o pai, que assumiu a opção homossexual logo depois que o menino nasceu. Desde então ele passou a viver com Rezende no bairro Jardim Veneza. Segundo informações da Delegacia de Fazenda Rio Grande, os dois ficaram abalados e deprimidos ao descobrirem que estavam infectados com o vírus HIV, causador da Aids. Uma carta encontrada pela polícia comprova as motivações do casal.

No final da tarde de sábado, Santana e Rezende resolveram se matar com um coquetel de remédios controlados e veneno de rato, batido em um liquidificador. Parte do líquido esverdeado foi misturado ao leite da mamadeira de Andrius, que não resistiu.

Por volta das 20h, uma vizinha estranhou o fato de eles estarem trancados na casa e chamou a polícia. O corpo de Andrius foi encontrado já sem vida deitado entre o casal. Rezende e Santana foram levados ao Hospital do Trabalhador.

Nesta segunda-feira (29), os dois receberam alta e foram presos em flagrante, de acordo com o superintendente Gerson Camargo. “Eles ainda estão sob efeito de psicotrópicos e não conseguimos ouvi-los”, disse o policial. Rezende e Santana devem responder por uma série de crimes, entre eles homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e emprego de veneno). Eles podem ser condenados a pena máxima, 30 anos de reclusão.

Camargo afirma que os dois serão transferidos para Mandirituba, cidade da região metropolitana, onde haveria melhores condições para guardar a integridade física dos dois suspeitos. “O caso causou comoção em toda a população, até entre os presos”, relatou Camargo.

A delegacia deve ouvir nos próximos dias os familiares de Andrius. A mãe da criança estava abalada e sem condições de prestar depoimento nesta segunda-feira, de acordo com a Polícia Civil.

Fonte: Site do jornal "Gazeta do Povo" de 29/06/09.

http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vidaecidadania


sexta-feira, 19 de junho de 2009

Brasil Preconceituoso


Pesquisa realizada em 501 escolas públicas de todo o país, baseada em entrevistas com mais de 18,5 mil alunos, pais e mães, diretores, professores e funcionários, revelou que 99,3% dessas pessoas demonstram algum tipo de preconceito étnico-racial, socioeconômico, com relação a portadores de necessidades especiais, gênero, geração, orientação sexual ou territorial.
O estudo, divulgado nesta quarta-feira (17), em São Paulo, e pioneiro no Brasil, foi realizado com o objetivo de dar subsídios para a criação de ações que transformem a escola em um ambiente de promoção da diversidade e do respeito às diferenças.

De acordo com a pesquisa Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar, realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) a pedido do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), 96,5% dos entrevistados têm preconceito com relação a portadores de necessidades especiais, 94,2% têm preconceito étnico-racial, 93,5% de gênero, 91% de geração, 87,5% socioeconômico, 87,3% com relação à orientação sexual e 75,95% têm preconceito territorial.
Segundo o coordenador do trabalho, José Afonso Mazzon, professor da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo), a pesquisa conclui que as escolas são ambientes onde o preconceito é bastante disseminado entre todos os atores. "Não existe alguém que tenha preconceito em relação a uma área e não tenha em relação a outra. A maior parte das pessoas tem de três a cinco áreas de preconceito. O fato de todo indivíduo ser preconceituoso é generalizada e preocupante", disse.

Com relação à intensidade do preconceito, o estudo avaliou que 38,2% têm mais preconceito com relação ao gênero e que isso parte do homem com relação à mulher. Com relação à geração (idade), 37,9% têm preconceito principalmente com relação aos idosos. A intensidade da atitude preconceituosa chega a 32,4% quando se trata de portadores de necessidades especiais e fica em 26,1% com relação à orientação sexual, 25,1% quando se trata de diferença socioeconômica, 22,9% étnico-racial e 20,65% territorial.

O estudo indica ainda que 99,9% dos entrevistados desejam manter distância de algum grupo social. Os deficientes mentais são os que sofrem maior preconceito com 98,9% das pessoas com algum nível de distância social, seguido pelos homossexuais com 98,9%, ciganos (97,3%), deficientes físicos (96,2%), índios (95,3%), pobres (94,9%), moradores da periferia ou de favelas (94,6%), moradores da área rural (91,1%) e negros (90,9%).

De acordo com o diretor de Estudos e Acompanhamentos da Secad (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade) do MEC (Ministério da Educação), Daniel Chimenez, o resultado desse estudo será analisado detalhadamente uma vez que o MEC já demonstrou preocupação com o tema e com a necessidade de melhorar o ambiente escolar e de ampliar ações de respeito à diversidade.

"No MEC já existem iniciativas nesse sentido [de respeito à diversidade], o que precisa é melhorar, aprofundar, alargar esse tipo de abordagem, talvez até para a criação de um possível curso de ambiente escolar que reflita todas essas temáticas em uma abordagem integrada", disse.

Fonte: Site UOL Educação - 18/06/09.