sábado, 14 de março de 2009

Algumas Visões De Como Acontece A Vida Cristã - Parte 1

Desde que O Senhor Jesus Cristo estabeleceu a igreja para dar prosseguimento ao Seu ministério entre os homens, ficou subentendido que os que fizessem parte dela deveriam adotar um padrão de conduta distinto da sociedade em redor. E fazer isto não é, de maneira alguma, uma tarefa fácil. 

Para evitar o padrão mundano, há que se seguir um outro padrão. Ao longo da história da igreja, foram sendo estabelecidos alguns, sempre influenciados pelas doutrinas e circunstâncias prevalecentes, e com algumas variações, estas maneiras de viver a vida cristã são seguidas até hoje. Nesta postagem e em outras que virão, analisaremos estas perpectivas, procurando sempre o equilíbrio da verdade bíblica.

Primeiramente, veremos a visão católico-romana tradicional

Na doutrina católico-romana tradicional, não existe salvação fora da instituição estabelecida como Igreja Católica Romana: somente ela é a detentora e administradora dos meios de salvação que são os sacramentos. Estes são sete: batismo, confirmação (ou crisma), eucaristia, reconciliação (ou penitência), matrimônio, ordem (ou ordenação) e unção de enfermos (ou extrema-unção). 
Quando o fiel católico participa deles, através das palavras e rituais apropriados, ele tem sua fé fortificada, seus pecados perdoados,  recebe a graça de Deus e confirma sua condição de salvo. 
Os sacramentos são considerados totalmente eficazes, pois não apenas simbolizam uma realidade espiritual, como efetivamente a produzem. 
Uma das consequências mais óbvias desta visão da vida cristã é que ela exige muito pouco, ou mesmo nada, do discípulo. Tudo pode ser resolvido com um ritual. Não há como se encorajar um compromisso e uma responsabilidade pessoal. A vida se resume a uma alternância entre uma má obra e o sacramento para anula-la. Isto é muito próximo da cosmovisão animista, na qual os poderes misteriosos do universo podem ser aplacados com rituais adequados. 

Nada mais distante da vida abundante proposta por Jesus. Para começar, a Bíblia nada sabe acerca de sacramentos. Sacramento é um conceito vindo do paganismo, adaptado dos rituais de iniciação das religiões de mistério, muito populares nos tempos do império romano. Jesus deixou para Sua igreja apenas duas ordenanças, batismo e ceia. E mesmo estes são atos simbólicos, que descrevem no mundo físico algo que efetivamente já ocorreu no mundo espiritual. Eles não tem, por e em si mesmos, qualquer virtude. O que os legitima diante de Deus é a fé do discípulo, que alegra o coração do Pai pela atitude de submissa obediência aos Seus  mandamento, e não pela participação no ritual. 

A graça chega ao discípulo de Cristo no momento em que ele reconhece sua condição de perdido e entrega sua vida ao Salvador (Ef.2:8-9). O que acontece dai em diante é que ele vai aprender a como permanecer e como se apossar mais e mais desta graça (Fp.2:12-13). A Bíblia alerta que ele (o discípulo) pode, sim, cair da graça (Gl.5:4), devido a alguma sedução, mas para voltar basta reconhecer o erro e se arrempeder (I Jo.1:9;2:1). Nada mais!

Portanto, a visão católico-romana não passa no teste escriturístico e não serve como padrão de conduta. 

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